MARCO ZERO E SUA HISTORIA

MARCO ZERO E SUA HISTORIA



Uma placa no piso bem no centro da praça, assinala o quilômetro inicial do Recife com suas coordenadas geográficas. O desenho ao redor do ponto central é uma Rosa dos Ventos, com as indicações dos pontos cardeais e referências aos astros como o sol, a lua e os planetas do sistema solar.
Esse projeto foi idealizado pelo artista plástico Cícero Dias e recebeu o nome de “Eu vi o mundo, ele começava no Recife”. Muitos podem achar essa frase meio megalomaníaca, mas na verdade a Rosa dos Ventos, com suas cores e formas, se baseia num painel pintado pelo próprio Cícero em 1928, que faz referência às memórias afetivas da cidade que deixou ainda muito moço pra se instalar em Paris.
Há uma grande praça neste lugar. É aqui que as pessoas se encontram principalmente nos finais de semana. Jovens se reúnem pra dar voltas em skates e patins ou bater um papo regado a vinho, casais e famílias passeiam.
É também onde acontecem manifestações culturais e políticas, bem como shows: grandes artistas costumam gravar DVDs aqui. No Carnaval, é um dos principais polos da folia pernambucana.




O Marco Zero propriamente dito é um pequeno obelisco, de 1,50 metro de altura, instalado em 1938 pelo Automóvel Club de Pernambuco. Ele ficava bem no centro, no local onde hoje está a placa. Também no centro ficava uma imagem do Barão do Rio Branco. Esses dois monumentos foram deslocados para as bordas da praça na tal revitalização, que aconteceu em 1999.

Toda essa área que fica hoje na Ilha do Recife começou a ser ocupada nos idos do século XVI.
Era uma região que originalmente não passava dos 80 metros de largura e nem mesmo era uma ilha, era um istmo (faixa estreita de terra que liga duas porções maiores) que ia parar lá em Olinda.
Ao longo dos séculos, mangues e marés foram sendo aterrados. A ligação com Olinda foi cortada na época das reformas do porto, iniciadas a partir da segunda metade do século XIX. Pra abrir novas avenidas, fazer uma “modernização” da cidade, quarteirões inteiros foram demolidos. Monumentos importantes viraram escombros, lugares históricos dos tempos da dominação holandesa, muitos deles desapareceram completamente.
Os prédios ao redor da praça começaram a ser erguidos ao final dessas reformulações pelas quais passou o bairro. Entre eles estão a Associação Comercial de Pernambuco e a sede de um instituto cultural mantido por um banco, onde acontecem exposições de artes plásticas e apresentações musicais. São edifícios em estilo eclético, à moda francesa, que influenciou muitas e muitas construções não só naquela área, mas na cidade inteira.

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